quinta-feira, 23 de julho de 2015

Quem é Deus?

E que é isto? Interroguei o conjunto do universo acerca do meu Deus e ele respondeu-me: ‘Não sou eu, mas foi ele mesmo que me fez’. Interroguei a terra e ela disse: ‘Não sou eu’; e todas as coisas que nela existem responderam-me o mesmo. Interroguei o mar, e os abismos, e os seres vivos que rastejam, e eles responderam-me: ‘Não somos o teu Deus; procura acima de nós’. Interroguei as brisas que sopram, e o ar todo com os seus habitantes disse-me: ‘Anaxímenes está enganado; eu não sou Deus’. Interroguei o céu, o sol, a lua, as estrelas, e dizem-me: ‘Nós também não somos o Deus que tu procuras’. E disse a todas as coisas que rodeiam as portas da minha carne: ‘Falai-me do meu Deus, já que não sois vós, dizei-me alguma coisa a seu respeito’. E elas exclamaram, com voz forte: ‘Foi ele que nos fez’. Contemplá-las era a minha pergunta e a resposta era a sua beleza. Dirigi-me, então, a mim mesmo e a mim mesmo disse: ‘Tu quem és? ’. E respondi: ‘Um homem’. E eis que estão em mim, ao meu serviço, um corpo e uma alma, uma coisa exterior, outra interior. Qual destas coisas é aquela em que eu devia procurar o meu Deus, que eu já tinha procurado por meio do corpo, desde a terra até ao céu, até onde pude enviar, como mensageiros, os raios dos meus olhos? Mas o interior é, sem dúvida, o melhor. Por isso a este, como presidente e juiz, é que todos os mensageiros do corpo faziam saber as respostas do céu, da terra, e de todas coisas que neles existem, quando dizem: ‘Não somos Deus’ e ‘Foi ele que nos fez’. O homem interior conheceu estas coisas pelo ministério do exterior; eu, enquanto homem interior, conheci estas coisas, eu, eu enquanto espírito, por meio da capacidade de sentir do meu corpo. Interroguei o conjunto do universo acerca do meu Deus, e ele respondeu-me: ‘Não sou eu, mas foi ele que me fez’.

(Santo Agostinho de Hipona, 354-430/ Confissões. Livro X; pg:242-243, editora vozes)

segunda-feira, 6 de abril de 2015

O ponto alto da fé

Ontem a Igreja festejou à festa da páscoa, mais que isto, celebrou à vitória de Jesus Cristo sobre a morte, Ele ressuscitou ao terceiro dia como havia dito, assim está narrado nos quatro evangelhos, e é citado várias vezes nas cartas de Paulo de Tarso, como também nos Atos dos Apóstolos. Muitos ainda se perguntam: “Será mesmo que Jesus ressuscitou? Ou tudo não passa de uma mentira”.
O escritor Fulton Sheen comenta em seu livro “Vida de Cristo”: “Na história do mundo, somente uma vez encontramos o caso de que, diante da entrada de uma tumba, foi colocada uma grande pedra e até guardas para evitar que um homem morto ressuscitasse, foi o sepulcro de Cristo, na tarde da sexta-feira que chamamos de santa. Que espetáculo podia haver de mais ridículo do que aquele de soldados vigiar um cadáver? Puseram sentinelas para que o morto não pudesse andar, para que o silencio não falasse e para que o coração transpassado não voltasse a palpitar. Diziam que ele estava morto. Sabiam que ele estava morto. Diziam que ele não ressuscitou. E, entretanto, vigiavam...”
O nosso imaginário é vasto, e as dúvidas surgem naturalmente em nossa mente, vamos então a dois casos: Primeiro pensemo-nos: Aquele sepulcro vazio pode ter duas explicações: ou alguém levou o cadáver embora ou Cristo verdadeiramente ressuscitou. O cadáver não haveria de ter sido roubado pelos seus inimigos, pois se assim fosse, quando a notícia da ressurreição se espalhou, era mais obvio mostrar o cadáver para derrubar a farsa. Os seus amigos também não o tinham, pois não seria possível os apóstolos arriscarem suas vidas, por uma mentira.
Esta última hipótese é bem mais óbvia, uma mentira por mais bem tramada que seja, uma hora ou outra é desmascarada, não vejo motivo algum de alguém arriscar sua própria vida, enfrentar um poder político tão agressivo como era os Romanos naquela época, por algo que sabia que era mentira. E ainda mais aqueles homens rudes, duros de coração, já sem esperança e com medo, sabendo que poderiam ser os próximos a serem martirizados por terem crido em Jesus.
É de certo modo compreensível que ainda sim, não se acredite na ressurreição de Cristo, pois encontramos muitos obstáculos para acreditar no sobrenatural, em especial a ressurreição dos mortos. Nossa mentalidade ainda é muito materialista, imediatista, pragmática, hedonista, relativista, consumista. Hoje o homem está cada vez mais secular, e pouco olha para as coisas do alto e tende a sempre pensar que tudo acaba com a morte.

Não há portanto, nenhuma comprovação cientifica inquestionável de que Cristo tenha realmente ressuscitado. É, uma questão de fé. Para quem crê, a fé e a esperança na ressurreição é algo presente dentro do coração. O cristianismo procura compreender esta realidade a partir da experiência de Jesus ressuscitado, que confirma a esperança que mantem o coração no céu, mesmo com os pés firmes na terra. Pois a ressurreição de Cristo vem nos mostrar que morrer não é o fim.

sábado, 20 de setembro de 2014

Viva!

"Essa nossa vida é um suspiro, sim, passamos toda estória da nossa vida por um fio, como que andando numa corda bamba, em qualquer momento posso cair.

Essa nossa vida é como o vento, sim, cheio de idas e vindas, ventos fortes, outrora brisa leves, em qualquer momento, com um vento mais forte posso cair.

A vida é como os milésimos, sim, como num cronometro, passa tão rápido em um piscar de olhos já se foi.

 A vida espera de nós, sim, espera que vivamos de forma simples, mas intensa, vivamos sem mágoas, vivamos em paz, vivamos com sabedoria, para não perdemos tempo apenas vendo a vida passar como um suspiro."
 (Rafael Lucena)

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

A árvore


A árvore que não cria raiz profunda, ela não se sustenta, quando o vento forte vem ela certamente tombará, ela precisa de encontrar um solo fértil para se desenvolver e crescer.

Assim é nossa fé, se ela não criar raízes profundas, na tribulação decaímos, fraquejamos. Se observarmos uma floresta veremos árvores enormes, muito altas, frondosas, de exuberância tremenda, certamente aquela árvore durante longos anos, sua raiz foi adentrando na terra, chegando às grandes profundidades, e com isso deixando-a mais firme, essa árvore nós devemos ser, à raiz é o conhecimento daquilo que se acredita, não basta ter fé, é preciso conhecer, é preciso se aprofundar, uma coisa liga a outra.

Então caríssimos, sejamos árvores de raiz profunda, para assim superar os ventos da tribulação e dar bons frutos.
Paz de Jesus e o amor de Maria.

domingo, 8 de junho de 2014

Pentecostes


Para os judeus era uma festa de grande regozijo, pois era a Festa da Colheita. Ação de graças pela colheita do trigo. E La vinha gente de todos os cantos, judeus saudosos que rumavam para Jerusalém, trazendo consigo pagãos amigos e prosélitos.
Era então oferecidas as primícias das colheitas no grande templo. Podia ser chamada também a festa das Sete Semanas por ser celebrada sete semanas depois da festa da Páscoa (passagem), no quinquagésimo dia. Dai então o nome PENTECOSTES, que significa “quinquagésimo dia”.
No primeiro pentecostes, depois da morte de Jesus, exatos cinquenta dias depois do Domingo de Páscoa, o Espírito Santo desceu sobre a comunidade Cristã de Jerusalém em forma de línguas de fogo como relata em Atos dos Apóstolos: “Quando chegou o dia de Pentecostes, todos os seguidores de Jesus estavam reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um barulho que parecia o de um vento soprando muito forte e esse barulho encheu toda a casa onde estavam sentados. Então todos viram umas coisas parecidas com chamas, que se espalharam como línguas de fogo; e cada pessoa foi tocada por uma dessas línguas. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, de acordo com o poder que o Espírito dava a cada pessoa.”.

Mas, que é esse Espírito Santo?

“O prometido por Jesus:” ordenou-lhes que não se afastassem de Jerusalém, mas que esperassem a realização da promessa do Pai a qual, disse Ele, ouvistes da minha boca: João batizou com água; vós, porém, sereis batizados com o Espírito Santo dentro de poucos dias” (At 1,4-5).
Espírito que procede do Pai e do Filho: “quando vier o Paráclito, que vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade que vem do Pai, ele dará testemunho de mim e vós também dareis testemunho...” (Jo 15,26-27). O Espírito Santo é Deus com o Pai e com o Filho. Sua presença traz consigo o Filho e o Pai. Por Ele somos filhos no Filho e estamos em comunhão com o Pai.

A celebração de Pentecostes:

No dia de Pentecostes o Espírito Santo desceu com poder sobre os Apóstolos; teve assim inicio a missão da Igreja no mundo. O próprio Jesus tinha preparado os Onze para esta missão aparecendo-lhes várias vezes depois da sua ressurreição (cf. At 1, 3). Antes da ascensão ao Céu, ordenou que “NÃO se afastassem de Jerusalém, mas que aguardassem que se cumprisse a promessa do Pai” (cf. At 1, 4-5); isto é, pediu que permanecessem juntos para se prepararem para receber o DOM do Espírito Santo. E eles reuniram-se em oração junto com Maria no Cenáculo à espera do acontecimento prometido (cf. At 1, 14). É interessante perceber que, mesmo tendo a presença de Jesus, mesmo vivendo a experiência de estar com Ele, tocar Nele, Crer Nele, ainda não era tempo de partir pra missão, somente com a descida do Paraclito, com o derramamento dos dons salvificos de Deus, que ai sim a Igreja que nasce vai à missão, levar a boa nova as comunidades da época. Assim também nos dias de hoje somos chamados a receber esse Espírito, ser envolvido por Ele, encher-se Dele, para pode ir à missão.
Sem dúvida, o Senhor pede a nossa colaboração, mas antes de qualquer resposta nossa é necessária a sua iniciativa: é o seu Espírito o verdadeiro PROTAGONISTA da Igreja. As raízes do nosso ser e do nosso agir estão no silêncio sábio e providente de Deus.
As imagens que São Lucas usa para indicar o irromper do Espírito Santo o vento e o fogo, recordam o Sinai, onde Deus se tinha revelado ao povo de Israel e lhe tinha concedido a sua aliança (cf. Ex 19,3ss). A festa do Sinai, que Israel celebrava cinquenta dias depois da Páscoa, era a festa do Pacto. Falando em línguas de fogo (cf, At 2, 3), São Lucas quer representar o Pentecostes como um NOVO SINAI, como a festa do novo Pacto, na qual a Aliança com Israel se alarga a todos os povos da Terra. A Igreja é Católica (Universal) e missionária desde suas origens. A universalidade da salvação é significativamente evidenciada pelo elenco das numerosas etnias a que pertencem todos os que ouvem o primeiro anúncio dos Apóstolos (cf. At 2, 9-11).
Este é o mistério do Pentecostes: o Espírito Santo ilumina o espírito humano e, revelando o Cristo crucificado e ressuscitado, indica o caminho para se tornar mais semelhante a Ele, isto é, ser "expressão e instrumento do amor que d'Ele promana".

Fontes: http://www.catequisar.com.br/texto/materia/celebracoes/pentecostes/e_03.htm

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Lumem Fidei - Carta Encíclica do Sumo Pontícife Francisco.


A Salvação pela fé

A partir desta participação no modo de ver Jesus, o apóstolo Paulo deixou-nos, nos seus escritos, uma descrição da existência crente. Aquele que acredita, ao aceitar o dom da fé, é transformado numa nova criatura, recebe um novo ser, um ser filial, torna-se filho no Filho: <<Abbá, Pai>> é a palavra mais característica de experiência filial, é reconhecer o dom originário e radical que está na base da existência do homem, podendo resumir-se nesta frase de São Paulo aos Coríntios: “Que tens tu que não tenhas recebido?” (1 Cor 4,7). É precisamente aqui que se situa o cerne da polêmica do Apóstolo com os fariseus: a discussão sobre a salvação pela fé ou pelas obras da lei. Aquilo que São Paulo rejeita é a atitude de quem se quer justificar a si mesmo diante de Deus através das próprias obras; esta pessoa, mesmo quando obedece aos mandamentos, mesmo quando realiza obras boas, coloca-se a si própria no centro e não reconhece que a origem do bem é Deus. Quem atua assim, quem quer ser fonte da sua própria justiça, depressa a vês exaurir-se e descobre que não pode sequer aguentar-se na fidelidade à lei; fecha-se, isolando-se do Senhor e dos outros, e, por isso, a sua vida torna-se vã, as suas obras estéreis, como árvore longe da água. Assim se exprime Santo Agostinho com a sua linguagem concisa e eficaz: “Não te afastes d’Aquele que te fez, nem mesmo para te encontrares a ti”. Quando o homem pensa que, afastando-se de Deus, encontrar-se-á a si mesmo, a sua existência fracassa (cf. LC 15, 11-24). O início da salvação é a abertura a algo que nos antecede, a um dom originário que sustenta a vida e a guarda na existência. Só abrindo-nos a esta origem e reconhecendo-a é que podemos ser transformados, deixando que a salvação atue em nós e torne a vida fecunda, cheia de frutos bons. A salvação pela fé consiste em reconhecer o primado do dom de Deus, como resume São Paulo: “Porque é pela graça que estais salvos, por meio da fé. E isso não vem de vós, é dom de Deus” (Ef 2,8).

A nova lógica da fé centra-se em Cristo. A fé em Cristo salva-nos, porque é n’Ele que a vida se abre radicalmente a um Amor que nos precede e transforma a partir de dentro, que age em nós e conosco. Vê-se isto claramente na exegese que o Apóstolo dos gentios fez de um texto do Deuteronômio; uma exegese que se insere na dinâmica mais profunda do Antigo Testamento. Moisés dia ao povo que o mandamento de Deus não está demasiado alto nem demasiado longe do homem; não se deve dizer: “Quem subirá por nós até o céu e no-la irá buscar?” ou “Quem atravessará o mar e no-la irá buscar?” (cf Dt 30,11-14). Esta proximidade das palavras de Deus é concretizada por São Paulo na presença de Jesus no cristão. “Não digas no teu coração: Quem subirá ao céu? Seria para fazer com que Cristo descesse. Nem digas: Quem descerá ao abismo? Seria fazer com que Cristo subisse de entre os mortos” (Rm 10,6-7). Cristo desceu a terra e ressuscitou dos mortos: com a sua encarnação e ressurreição, o Filho de Deus abraçou o percurso inteiro do homem e habita nos nossos corações por meio do Espírito Santo. A fé sabe que Deus se tornou muito próximo de nós, que Cristo nos foi oferecido como grande dom que nos transforma interiormente, que habita em nós, e assim nos dá a luz que ilumina a origem e o fim da vida, o arco inteiro do percurso humano.


Podemos assim compreender a novidade, a que a fé nos conduz. O crente é transformado pelo Amor, ao qual se abriu na fé; e, na sua abertura a este Amor que lhe é oferecido, a sua existência dilata-se para além dele próprio. São Paulo pode afirmar: “Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vivo em mim” (Gl 2,20), e exortar: “Que Cristo, pela fé, habite nos vossos corações” (Ef 3,17). Na fé, o “eu” do crente dilata-se para ser para ser habitado por outro, para viver num outro, e assim a sua vida amplia-se no Amor. É aqui que se situa a ação própria do Espírito; é neste Amor que se recebe, de algum modo, a visão própria de Jesus. Fora desta conformação no Amor, fora da presença do Espírito que o infunde nos nossos corações (cf Rm 12,3), é impossível confessar Jesus como Senhor (cf 1 Cor 12,3).

Fonte: http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/encyclicals/documents/papa-francesco_20130629_enciclica-lumen-fidei.html

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

O Natal


Data que deveria ser motivo de celebração pelo nascimento do menino Deus, hoje acaba sendo apenas uma data para enfeitar a casa com lâmpadas, arvores, de trocar presentes, e para alguns, motivo para consumir bebidas alcoólicas.

Trocaram o VERDADEIRO aniversariante por um Velho de barbas longas vestido de vermelho há que chamam de “papai noel”, pobre humanidade! Há também alguns grupos que preferem questionar se a data exata que Cristo nasceu é realmente a que se comemora hoje, querendo assim apontar desculpas pela sua fraca espiritualidade. Pobres de sabedoria!

Se Jesus nasceu em 25 de Dezembro, em 9 de Janeiro ou qualquer data do ano, isso pouco importa, o importante mesmo é alegrarmos, dar Glórias pois o Emanuel nasce a cada ano, não só no Natal, mas especialmente nele, Ele quer nascer na sua vida e na sua família, Ele quer se fazer presente, os anjos e toda corte celeste com jubilosos louvores proclamam: “Glória a Deus nas alturas! E Paz na terra aos homens por Ele amado!” (Lc 2,14).

Independente de data, independente de religião, independente de teologias, seja dada a Glória neste dia, que a Paz possa começar a brotar nesse mundo tão egoísta, tolo, e violento.
Que VERDADEIRAMENTE seja como o Profeta falou: “O povo que andava nas trevas viu uma FORTE LUZ, a Luz BRILHOU sobre os que viviam nas trevas” (Isaias 9,1), “Pois JÁ NASCEU uma criança, Deus nos mandou um menino que será o nosso rei, Ele será chamado “CONSELHEIRO MARAVILHOSO”, “DEUS PODEROSO”, “PAI ETERNO”, “PRINCIPE DA PAZ”, Ele será descendente de Davi.” (Isaias 9,5-6).

O Natal do Senhor seja pra você a Luz pra que possas enxergar quando a escuridão tomar tua vida, quando a sociedade te marginalizar, quando teu corpo te fizer escravo (a), que nasça o Cristo na sua vida.
Esse é o sentido que devemos dar ao Natal.

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Reflexão!


 
Quando dizemos: “Pai Nosso que estais nos céus...”, realmente cremos que Deus é pai onipresente e onipotente?

“Santificado seja vosso Nome...”, Será que realmente santificamos o Nome do Senhor com nossa vida e nossos atos?

“Venha a nós o teu reino e seja feita a tua vontade, assim na Terra como nos Céus...”, qual reino está semeando nessa Terra? E realmente fazemos algo ante a vontade de Deus?

“O pão nosso de cada dia nos dai hoje...”, pedimos sempre o pão de cada dia, pedimos assim também pelo nosso irmão que não o tem? Este pão pode ser não só o material, mas a Palavra para o faminto de espírito?

“Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos há quem nos tem ofendido...”, Talvez seja este o mais difícil para nós e requer uma profunda reflexão, será que realmente perdoamos os que nos ofendem? Nosso coração, esta limpo desta mancha?

“E não nos deixei cai em tentação...” Oremos sempre ao Senhor pelas tentações que não são poucas e que nos chega de varias formas;

“Mas livra-nos de todo mal...”, Peçamos constantemente, que a Graça nos alcance e que os males deste mundo não nos destruam nem nos afaste do projeto de Deus;

“Amém!” E para que assim seja, reflitamos bem, fazendo uma autoanálise da nossa vida.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Documento do Concílio Vaticano II



Com frequência a Igreja é chamada também construção de Deus (1 Cor 3,9). A si mesmo, o Senhor se comparou a uma pedra que os construtores rejeitaram, mas se tornou a pedra angular (Mt 21,42 – At 4,11- Ped 2,7 – Sl 117,22). Sobre este fundamento a Igreja é constituída pelos Apóstolos (1 Cor 3,11). Dele recebe firmeza e coesão. Esta construção recebe vários nomes: casa de Deus na qual habita a sua família, morada presente Deus no Espírito (Ef 2,19-22); tenda de Deus entre os homens (Apoc 21,3) e principalmente templo santo, que, representado em santuário de pedra, é louvado pelos santos padres e, não sem razão, comparado na Liturgia com a Cidade Santa, a nova Jerusalém. Pois nela quais pedras vivas somos edificadas nesta terra (1 Ped 2,5). E João contempla esta cidade que, na renovação do mundo, desce do céu, de junto de Deus, adornada como uma esposa ataviada para o seu esposo (Apoc 21,1 SS).

A igreja é chamada também “Jerusalém celeste” e “nossa mãe” (Gal 4,26 – Apoc 12, 17). É ainda descrita como esposa imaculada do cordeiro imaculado (Apoc 19,7 – 21,2 e 9 – 22,17). Cristo “amou-a Por ela se entregou, para santifica-la” (Ef 5,26); associou-a a Si no amor e na fidelidade (Ef 5,24); enfim cumulou-a para sempre de bens celestes para que compreendemos a caridade de Deus e de Cristo para conosco, que ultrapassa todo o conhecimento (Ef 3,19). Enquanto, pois, nesta terra a Igreja peregrina longe do Senhor (2 Cr 5,6), considera-se exilada e assim busque e saborei as coisas lá do alto, onde o Cristo está sentado a direita de Deus, onde a vida da Igreja está escondida com Cristo em Deus, até que apareça com seu Esposo na glória (Col 3,1-4).

Lumem Gentium.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

O Projeto de Jesus.

Aquele que ama é como um espelho de Cristo porque Cristo é amor, aquele que prova do amor verdadeiro pode fazer o que quiser, pois quem vivencia e exala amor não cabem ódio nem maldade no seu coração.
 Jesus já nos disse: “Amai-vos uns aos outros, assim como eu vos ameei” Esta é a chave de todas as coisas. Um Cristão que busca SEGUIR Jesus deve começar simplesmente amando.
Para Santo Agostinho, o amor é uma lei existencial porque existe habita o ser humano: “ninguém poderá existir sem amar...” Não é uma existência simplesmente jogada no mundo, porque é o amor que dá significado ao próprio ser e existir. A escolha do objeto do amor é o ser, que é o todo, aquilo que o abrange e envolve, constituindo uma relação de reciprocidade entre o amor e o ser. O ser é totalidade que envolve e abrange o amor. O amor, por sua vez, tem a capacidade de envolver o ser e tornar-se ser com ele.
Busquemos ser imitadores de Cristo, pois se assim fazemos, conheceremos e aprenderemos e seremos essencialmente AMOR.

Rafael Lucena.

A Santa Missa Parte Final


Chegamos ao nosso último dia, hoje veremos o rito de comunhão e os ritos finais, espero que todos tenham gostado e aprendido um pouco mais sobre a Santa Missa como eu aprendi, tudo isso é nossa missão como Cristão, Evangelizar seja como for, onde for e pra quer que seja.
Rito de Comunhão:
Jesus agora está vivo e presente sobre o altar. É real sua presença e se manifesta em bondade amor. Eucaristia é um tesouro que Jesus, o Rei e eterno, deixou como Mistério de Salvação para todos os que nele creem. Comungar é receber Cristo, Rei dos Reis, para alimento da vida eterna.
Ritos Finais:
É hora da reflexão final, tudo que sentimos e vivemos, será completado pela benção final, pelas mãos do Sacerdote, Deus nos abençoa. É preciso valorizar mais e receber com fé a benção solene dada no final da Missa.
Ao deixarmos o interior da Igreja, a celebração deve continuar ecoando em nós no nosso dia-dia, pois Jesus não ficou no altar, mas está dentro de nós.
Considerações Gerais:
A Missa é uma oração, a melhor das orações; a rainha, assim dizia São Francisco Sales. Nela reza Jesus Cristo, homem-Deus. Nós devemos apenas associar-nos. “O que pedires ao Pai em meu nome Ele vo-lo dará” (Jo 16,23)
Os anjos presentes oram por nós e oferecem nossa oração a Deus. É o presente mais agradável que podemos oferecer à Santíssima Trindade. Cada Missa eleva nosso lugar no céu e aumenta nossa felicidade terna. Cada vez que olhamos cheios de fé para a Santa Hóstia, ganhamos uma recompensa especial no céu.
Paz e bem para TODOS!

domingo, 9 de junho de 2013

A Santa Missa Parte VIII


Chegamos ao nosso oitavo dia e vamos ver hoje toda a preparação para o ápice da celebração, que é a Comunhão.
Consagração do Pão e do Vinho:
Pelas mãos e oração do Sacerdote o Pão e Vinho se transformam em Corpo e Sangue de Jesus. O Celebrante estende as mãos sobre o Pão e Vinho e pede ao Pai que os santifique enviando sobre eles o Espírito Santo.
Neste momento por ordem de Nosso Senhor e recordando o que o próprio Jesus fez na sua Ceia derradeira o Padre pronuncia: “Tomai todos e Comei... depois: Tomai todos e Bebei”. E completa dizendo: “Fazei isto em memória de mim!” aqui se cumpre a vontade expressa de Jesus, que mandou celebrar a Ceia.
Novamente começa o Sacrifício de Jesus e diante de nós está o Calvário, e agora somos nós que estamos aos pés da Cruz. Em silêncio recolhemo-nos no fundo do nosso coração e adoramos ao nosso Salvador, oferecendo-lhe nossa vida, dores, sofrimentos para que seja crucificado junto com Ele, na esperança da Salvação.
“Eis o mistério da Fé”, quando o sacerdote pronuncia estas palavras, estamos nós diante do Mistério de Deus. E o mistério é aceito para aquele que crê.
Orações pela Igreja:
A oração pela Igreja é para que nós nos unamos com toda Igreja através de nossas orações, rezamos uns pelos outros afim que esta intercessão chegue ao Pai.
“Por Cristo, Com Cristo e Em Cristo”, neste ato de louvor o celebrante levanta a Hóstia e o Cálice e a assembleia responde amém.
Pai Nosso
O Pai Nosso, não é apenas uma simples fórmula de oração, nem um ensinamento teórico de doutrina. Antes de ser ensinado por Jesus, o Pai-Nosso foi vivido plenamente pelo mesmo Cristo. Portanto, deve ser vivido também pelos seus discípulos. Com o Pai Nosso começa a preparação para a Comunhão Eucarística. Essa belíssima oração é a síntese do Evangelho. Para rezarmos bem o Pai Nosso, precisamos entrar no pensamento de Jesus e na vontade do Pai. Portanto, para eu comungar o Corpo do Senhor na Eucaristia, preciso estar em "comunhão" com meus irmãos, que são membros do Corpo Místico de Cristo.
Pai Nosso é recitado de pé, com as mãos erguidas, na posição de orante. Pode também ser cantado, mas sem alterar a sua fórmula. Após o Pai Nosso na Missa não se diz amém, pois a oração seguinte é continuação.
A paz é um dom de Deus. É o maior bem que há sobre a terra. Vale mais que todas as receitas, todos os remédios e todo o dinheiro do mundo. A paz foi o que Jesus deu aos seus Apóstolos como presente de sua Ressurreição. Assim como só Deus pode dar a verdadeira paz, também só quem está em comunhão com Deus é que pode comunicar a seus irmãos a paz.

Fração do Pão:
O Padre parte a Hóstia grande e coloca um pedacinho da mesma dentro do cálice, que representa a união do Corpo e do Sangue num mesmo sacrifício e mesma comunhão.
Cordeiro de Deus:
Tanto no Antigo como no Novo Testamento, Jesus é apresentado como o “Cordeiro de Deus’”. Os fiéis sentem-se indignos de receber o Corpo do Senhor e pedem perdão mais uma vez, para que recebam Cristo em sua morada.



sábado, 8 de junho de 2013

A Santa Missa Parte VII


Boa noite amigos, seguindo nosso cronograma hoje vamos ver sobre a Oração dos fieis.
A Comunidade unida em um só pensamento e desejo eleva a Deus seus pedidos e anseios, pedidos coletivos e também pessoais. As orações podem ser conforme o tempo litúrgico ou campanhas da igreja, como por exemplo a Campanha da Fraternidade. Depois de ouvirmos a Palavra de Deus e de professarmos nossa fé e confiança em Deus que nos falou, nós colocamos em Suas mãos as nossas preces de maneira oficial e coletiva. Mesmo que o meu pedido não seja pronunciado em voz alta, eu posso colocá-lo na grande oração da comunidade. Assim se torna oração de toda a Igreja.
 Liturgia Eucarística
Na Missa ou Ceia do Senhor, o Povo de Deus é convidado e reunido, sob a presidência do sacerdote, que representa a pessoa de Cristo para celebrar a memória do Senhor. Iniciam-se com as oferendas. A comunidade oferece seus sacrifícios através do pão e do vinho entregues ao Sacerdote para a transformação.
Procissão das Oferendas
As principais ofertas são o pão e vinho. Essa caminhada, levando para o altar as ofertas, significa que o pão e o vinho estão saindo das mãos do homem e da mulher que trabalham. As demais ofertas representam igualmente a vida do povo, a coleta do dinheiro é o fruto da generosidade e do trabalho dos fiéis. Deus não precisa de esmola porque Ele não é mendigo e sim o Senhor da vida. A nossa oferta é um sinal de gratidão e contribui na conservação e manutenção da casa de Deus.
Na Missa nós oferecemos a Deus o pão e o vinho que, pelo poder do mesmo Deus, mudam-se no Corpo e Sangue do Senhor. Um povo de fé traz apenas pão e vinho, mas no pão e no vinho, oferece a sua vida.
O sacerdote oferece o pão a Deus, depois coloca a hóstia sobre o corporal e prepara o vinho para oferecê-lo do mesmo modo. Ele põe algumas gotas de água no vinho que simboliza a união da natureza humana com a natureza divina. Na sua encarnação, Jesus assumiu a nossa humanidade e reuniu, em si, Deus e o Homem. E assim como a água colocada no cálice torna-se uma só coisa com o vinho, também nós, na Missa, nos unimos a Cristo para formar um só corpo com Ele. O celebrante lava as mãos: essa purificação das mãos significa uma purificação espiritual do ministro de Deus.
Santo
Prefácio é um hino "abertura" que nos introduz no Mistério Eucarístico. Por isso o celebrante convida a Assembléia para elevar os corações a Deus, dizendo "Corações ao alto!" É um hino que proclama a santidade de Deus e dá graças ao Senhor.
O final do Prefácio termina com a aclamação Santo, Santo, Santo... é tirado do livro do profeta Isaías (6,3) e a repetição é um reforço de expressão para significar o máximo de santidade, embora sendo pecadores, de lábios impuros, estamos nos preparando para receber o Corpo do Senhor.
Continuaremos amanhã até lá pessoal.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

A Santa Missa Parte VI


Chegamos ao nosso sexto dia de postagens sobre a Santa Missa, tivemos uma linda experiência a respeito da liturgia da palavra nas ultimas postagens, hoje vamos ver o momento após a homilia que se chama Profissão de Fé e o que isso quer dizer? Vejamos.

O Credo é uma forma doutrinária ou profissão de fé. Também é conhecido como símbolo dos apóstolos. Era a princípio uma proclamação batismal enunciada pelo catecúmeno, contendo as proposições objeto da fé na qual estava sendo admitido o batizado. Em 325, passou a ser uma síntese dos dogmas da fé promulgada pela autoridade eclesiástica, através do concílio de Nicéia.

Credo Niceno-Constantinopolitano: o nome tem a ver com o Primeiro Concílio de Niceia (325), no qual foi adaptado, e com o Primeiro Concílio de Constantinopla (381), onde foi aceita uma versão revista.

Versão em português do Credo Niceno-Constantinopolitano:

Creio em um só Deus, Pai Todo-Poderoso, criador do céu e da terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis. Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho Unigênito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos. Deus de Deus, luz da luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não criado, consubstancial ao Pai. Por ele todas as coisas foram feitas. E por nós, homens, e para nossa salvação, desceu dos céus, e se encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria, e se fez homem. Também por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos, padeceu e foi sepultado. Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as escrituras, e subiu aos céus, onde está sentado à direita do Pai. E de novo há de vir, em sua glória, para julgar os vivos e os mortos; e o seu reino não terá fim. Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida, e procede do Pai e do Filho; e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado; Ele que falou pelos profetas. Creio na Igreja, una santa, católica e apostólica. Professo um só batismo para a remissão dos pecados, e espero a ressurreição dos mortos e a vida do mundo que há de vir. Amém.

Credo apostólico:

Segundo uma antiga tradução, os doze apóstolos, reunidos em Jerusalém, teriam estabelecido em comum os rudimentos da nova fé, cada um ditando seu artigo. Essa versão era recitada pelos novos cristãos no momento do Batismo, e ficou conhecida como Credo Apostólico. É o credo que professamos na hora da Missa.

Creio em um só Deus, Pai Todo-Poderoso, criador do céu e da terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis. Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho Unigênito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos. Deus de Deus, luz da luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não criado, consubstancial ao Pai. Por ele todas as coisas foram feitas. E por nós, homens, e para nossa salvação, desceu dos céus, e se encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria, e se fez homem. Também por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos, padeceu e foi sepultado. Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as escrituras, e subiu aos céus, onde está sentado à direita do Pai. E de novo há de vir, em sua glória, para julgar os vivos e os mortos; e o seu reino não terá fim. Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida, e procede do Pai e do Filho; e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado; Ele que falou pelos profetas. Creio na Igreja, una, santa, católica e apostólica. Professo um só batismo para a remissão dos pecados, e espero a ressurreição dos mortos e a vida do mundo que há de vir. Amém.

Amanhã daremos sequencia com a Oração dos fiéis, até lá, PAZ E BEM PARA TODOS.


quinta-feira, 6 de junho de 2013

A Santa Missa Parte V

Boa noite amigos, chegamos ao nosso quinto dia de ensinamentos sobre a Santa Missa, ontem vimos um pouco sobre o Ano Litúrgico, vimos que ele se divide em Tempos Litúrgicos e  é sobre eles que vamos nos aprofundar hoje.

Tempos litúrgicos existem em toda a Igreja Católica. Há apenas algumas diferenças entre os vários ritos, nomeadamente em relação à duração de cada um e à data e importância de determinadas festividades. A descrição que se segue corresponde ao Rito Romano.

O Advento: do latim Adventus “chegada”, do verbo Advenire “chegar a”. É o primeiro tempo do Ano Litúrgico, inicia-se quatro Domingos antes do Natal e termina do dia 24 de Dezembro. O tempo do Advento é tempo de esperança porque Cristo é a nossa esperança (I Tm 1, 1); esperança na renovação de todas as coisas, na libertação das nossas misérias, pecados, fraquezas, na vida eterna, esperança que nos forma na paciência diante das dificuldades e tribulações da vida, diante das perseguições, etc. A cor usada neste tempo é o Azul, nas celebrações utiliza-se quatro velas que são acesas que simbolizam as quatro semanas do Advento.

Tempo do Natal: Após a celebração anual da pascoa, a comemoração mais venerável para a Igreja é o Natal do Senhor e suas primeiras manifestações, pois o Natal é um tempo de fé, alegria e acolhimento do Filho de Deus que se fez Homem. O tempo do Natal vai da véspera do Natal de Nosso Senhor até o domingo depois da festa da aparição divina, em que se comemora o Batismo de Jesus no ciclo do Natal são celebradas as festas da Sagrada Família, de Maria, Mãe de Jesus e do Batismo de Jesus.

Quaresma: É o tempo forte de conversão e penitência, jejum, esmola e ORAÇÃO. Ele vem preparar para a Páscoa do Senhor e tem duração de Quarenta dias (quadragésima dies) que nos remete também aos quarenta dias que o Senhor foi tentado no deserto, inicia-se na quarta-feira de cinzas e termina no Lava Pés. Neste tempo não se pronuncia o Aleluia, nem se colocam flores na Igreja, as imagens ficam veladas com tecidos roxos, com exceção da cruz, que só é velada na Semana Santa, não deve se cantar a Glória a Deus nas alturas. A cor litúrgica é o Roxo, podendo ser usado o Rosa para o 4º Domingo e Vermelho para o Domingo de Ramos.

Tríduo Pascal: Começa com a Missa da Santa Ceia do Senhor, na Quinta-Feira Santa, na Sexta-Feira Santa celebra-se a Paixão e Morte de Cristo (É o único dia do ano que não tem Missa, acontece uma Celebração da Palavra chamada “Ação ou Ato Litúrgico”.), Na noite de Sábado Santo, já pertencente ao Domingo de Páscoa, acontece a Solenidade da Vigília Pascal. A cor usada é o Vermelho

Tempo Pascal: Festa da Páscoa ou da Ressureição do Senhor se estende por CINQUENTA dias entre o Domingo de Páscoa e o Domingo de Pentecostes. A cor mais usada é o amarelo
Tempo Comum: Período de trinta e três ou trinta e quatro semanas nas quais são celebrados, na sua globalidade, os Mistérios de Cristo. É o período mais extenso do Ano Litúrgico, distribuído entre a festa do Batismo de Jesus até o começo da Quaresma e as outras semanas entre a segunda-feira depois de Pentecostes e o inicio do Advento. A cor que se utiliza no Tempo Comum é o Verde.

Espero que tenham gostado e amanhã tem mais, encerrando a Liturgia da Palavra vamos ver um pouco sobre a Profissão de Fé, até lá.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

A Santa Missa Parte IV



Dando continuidade a Liturgia da palavra, que explicamos na postagem de ontem, hoje veremos o que é o Ano Litúrgico.
Como vimos anteriormente a Palavra que é proclamada na Santa Missa depende de cada tempo litúrgico que a Igreja esteja contemplando.
Ano Litúrgico: é o período de doze meses, que são divididos em TEMPOS Litúrgicos, onde se celebram como memorial, os mistérios de Cristo, assim como a memoria aos Santos de Deus.
O Ano Litúrgico começa no 1º Domingo do ADVENTO (quatro semanas antes do Natal do Senhor) e termina no Sábado anterior a ele.
Vale a pena lembrar que o Ano Litúrgico é composto de dias, e que esses dias são santificados pelas celebrações litúrgicas do povo de Deus, principalmente pelo Sacrifício Eucarístico e pela Liturgia das Horas. Por esses dias serem santificados, eles passam a serem denominados dias litúrgicos. A celebração do Domingo e das Solenidades, porém, começa com as vésperas (na parte da tarde) do dia anterior.
Entre os dias litúrgicos da semana, no primeiro dia, ou seja, no Domingo (Dia do Senhor), a Igreja celebra o Ministério Pascal de Jesus, obedecendo à tradição dos Apóstolos. Por esse motivo, o Domingo deve ser tido como o principal dia de festa.
A Igreja estabeleceu, para o Rito Romano, uma sequência de leituras bíblicas que se repetem a cada três anos, nos domingos e nas solenidades.
As leituras desses dias são divididas em ano A, B e C. No ano “A” leem-se as leituras do Evangelho de São Mateus; no ano “B” o de São Marcos e no Ano “C” o de São Lucas. O Evangelho de João é reservado para as ocasiões especiais, principalmente as grandes Festas e Solenidades.
Nos dias de semana do Tempo Comum, há leituras diferentes para os anos pares e para os anos ímpares, tirando o Evangelho, que se repete ano a ano. Deste modo, os católicos, de três em três anos, se acompanharem a liturgia diária, terão lido quase toda a Bíblia.
O Ano Litúrgico da Igreja é assim dividido:
1.                Ciclo da Páscoa
2.                Ciclo de Natal
3.                Tempo comum
4.                Ciclo santonal

Amanhã continuaremos com os TEMPOS LITÚRGICOS passando por cada um deles, vamos conhecer cada um dos tempos e as cores que são usadas em cada um deles.
Espero vocês e se tiverem gostando das postagens não esqueça de compartilhar com seus amigos, passe a frente esta experiência de Fé.

terça-feira, 4 de junho de 2013

A Santa Missa Parte III

Neste terceiro dia, vamos nos aprofundar na liturgia da palavra, um momento na celebração em que Deus nos fala, a liturgia é um dos momentos mais importantes da missa, e está composta da seguinte forma:

Primeira Leitura: geralmente é tirada do Antigo Testamento, onde se encontra o passado da História da Salvação. O próprio Jesus nos fala que nele se cumpriu o que foi predito pelos Profetas a respeito do Messias
Salmos: após a Primeira Leitura, vem o “SALMO RESPONSORIAL”, é uma resposta à mensagem proclamada para ajudar a Assembleia a rezar e meditar na Palavra acabada de ser proclamada. Pode ser cantado ou recitado.
Segunda Leitura: Epístolas- é sempre tirada das CARTAS de pregação dos APÓSTOLOS (Paulo, Thiago, João, etc...), às diversas comunidades e também a nós, cristãos de hoje.
Canto de Aclamação: terminada  segunda leitura, vem a moonição ao Evangelho, que é um breve comentário convidando e motivando a Assembleia a ouvir o Evangelho. O canto de Aclamação é uma espécie de aplauso para o Senhor que vai nos falar.
 O Evangelho de Jesus: segundo Mateus, Marcos, Lucas e João conforme o tema do dia, toda a Assembleia está de pé, uma atitude de expectativa para ouvir a mensagem. A palavra de Deus solenemente anunciada, não pode estar “dividida” com nada: com nenhum barulho. Distração, preocupação. É como se Jesus, em Pessoa, se colocasse diante de nós para nos falar. A palavra do Senhor é luz para nossa inteligência, paz para nosso Espírito e alegria para o coração.
OBS: O sacerdote ao proclamar o Evangelho pronuncia: “Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo”... (O Evangelista do dia) e a Assembleia responde: “Glória a vós Senhor”. Neste momento tanto o sacerdote quanto a Assembleia faz três cruzes, uma na testa, outra na boa e outra no peito, que significa um pedido para que o Espírito Santo abra a mente, a boca e o Coração, para que não seja o homem que fale, mas sim Deus.
Homilia: é a interpretação e meditação das Palavras que foram proclamadas. A Bíblia não é um livro de sabedoria humana, mas uma inspiração divina. Jesus tinha terminado sua missão na terra. Ele tinha ensinado o seu povo e em especial aos discípulos. Morreu e ressuscitou dos mortos. Com isso sua obra de Salvação não poderia parar, e assim Jesus passou aos Apóstolos o seu poder recebido do Pai e lhes deu ordem para que pregassem o Evangelho a todos os povos. O sacerdote é esse “homem de Deus”. Na homilia ele “atualiza” o que foi dito há dois mil anos e o que Deus nos quer falar hoje.
Baseado nas leituras, sempre relacionadas entre si, ou seja, uma completa a outra, o sacerdote faz a explicação e reflexão do que foi ensinado. Esta é uma hora muito importante da Santa Missa, pois é quando aprendemos grandes lições de vida e fazemos propósitos de aplica-las em nossas vidas. É também a hora em que podemos entender o poder da Palavra de Deus que nos liberta e faz de nós seus novos apóstolos.
As leituras são escolhidas pela Santa Igreja conforme o tempo que estamos vivendo, isto é, de acordo com o Calendário Litúrgico: tempo comum, Advento, Natal, Quaresma, Páscoa, Pentecostes e para missas especificas como Batismos, Crisma, primeira comunhão etc.
E é sobre os tempos litúrgicos que falaremos amanhã, então não perca e compartilhe nossos textos nas redes sociais.
Paz e bem a TODOS!

segunda-feira, 3 de junho de 2013

A Santa Missa Parte II


Boa noite amigos, neste segundo dia de ensinamentos sobre a Santa Missa aprenderemos o sentido do Ato penitencial, veremos também o cântico do Glória e a oração do sacerdote.
Tudo isso faz parte dos Ritos Iniciais da celebração.

Ato Penitencial

Nesse momento, toda a Comunidade, cada membro individualmente e todos nós temos nossas fraquezas, limitações e misérias, e, somos um povo Santo e Pecador.
O Ato Penitencial é um convite para cada um, olhar dentro de si mesmo diante do olhar de Deus, reconhecer e confessar os seus pecados, o arrependimento deve ser sincero. É um pedido de perdão que parte do coração com um sentido de mudança de vida e reconciliação com Deus e os irmãos.
Assim fazemos um Ato Penitencial, onde a comunidade e cada um dos fiéis, reconhecendo a condição de pecador, com verdadeiro e profundo arrependimento e, com o firme propósito de não cometê-los mais, suplicamos a MISERICÓRDIA DE DEUS e seu eterno amor, que pela intercessão de Jesus Cristo nosso Salvador, somos perdoados.
Após recebermos o perdão de Deus, concedido por sua infinita bondade através da invocação do Sacerdote, proclamamos com o coração aliviado o nosso hino de louvor e glória pela graça recebida.
Atenção: O perdão recebido no Ato Penitencial não significa que estamos isentos do sacramento da Confissão. Depois de fazer um completo exame de consciência, devemos nos confessar com um Sacerdote, principalmente quando cometemos um pecado grave ou mortal. E também não dá a ninguém que não faça a confissão, o direito a participar da Comunhão. Esse perdão é só para aqueles que se confessam sempre e que não estejam em pecado grave e que participam todos os domingos da Santa Eucaristia. Assumem o risco de aqueles que não tomam esses cuidados de cometer um pecado maior.

GLÓRIA A DEUS NAS ALTURAS

O Glória é um hino antiquíssimo e venerável, pelo qual a Igreja glorifica a Deus Pai e ao Cordeiro. Não constitui aclamação trinitária. Louvamos ao Pai a ao Filho, expressando através do canto, a nossa alegria de filhos de Deus.

ORAÇÃO

OREMOS é seguido de uma pausa este é o momento que o celebrante nos convida a nos colocarmos em oração. Durante esse tempo de silêncio cada um faça mentalmente o seu pedido a Deus. Em seguida o padre eleva as mãos e profere a oração, oficialmente, em nome de toda a Igreja. Nesse ato de levantar as mãos o celebrante está assumindo e elevando a Deus todas as intenções dos fiéis. Após a oração todos respondem AMÉM, para dizer que aquela oração também é sua.
Amanhã entraremos na Liturgia da palavra e veremos o quanto é rico é este momento dentro da celebração vamos entender cada passo, então até lá, não percam.
A paz esteja conosco e é o amor de Cristo que nos une.